sábado, 12 de novembro de 2011

I SEMINÁRIO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO DA UFFS - CAMPUS CERRO LARGO

GRUPO INTERNACIONAL DE CAPOEIRA RECÔNCAVO E CIA BURZUM SERÃO AS ATRAÇÕES CULTURAIS DO I SEPE DA UFFS - CAMPUS CERRO LARGO/RS:

Abertura do I SEPE:
- Apresentação do GRUPO INTERNACIONAL DE CAPOEIRA RECÔNCAVO - Mestre Wladimir Farias
- Apresentação da acadêmica Maria Angelita Ribas: Música "O Mundo", através da Linguagem de Sinais.
Dia 17 de novembro (quinta-feira)
Local: Auditório
Horário: 8horas


Encerramento do I SEPE:
- Apresentação da COMPANHIA DE ARTES CIRCENCES BURZUM
Dia: 18 de novembro (sexta-feira)
Local: Auditório
Horário: 17 horas

Red de Educación Superior Indígena de Misiones: Oportunidades educativas para jóvenes de la Comuni...

Red de Educación Superior Indígena de Misiones: Oportunidades educativas para jóvenes de la Comuni...: El día 18 de febrero de 2011 a las 10 hs, se ha desarrollado una reunión en la Municipalidad de Oberá para tratar la situación de la demanda...

segunda-feira, 27 de junho de 2011

SABEDORIA GUARANI


O Guarani é um grande conhecedor da Ka’aguy ovy que o Juruá, o
não-índio, chama de Mata Atlântica. A Ka’aguy ovy é um espaço sagrado,
é a morada de Nhanderu, o criador da vida. A destruição da Ka’aguy ovy
pelo Juruá vem sendo acompanhada por nós Guarani h
...á
muito tempo. O Yvy rupa, como chamamos o território tradicional
Guarani, vem sendo loteado e desmatado, gerando o esgotamento dos
recursos naturais da Ka’aguy ovy.   Hoje, temos acompanhado o Juruá se
mobilizando para resolver os problemas ambientais criados por seu
modelo de desenvolvimento. Para o Guarani não é novidade o que vem
acontecendo. Os Xeramoĩ, que são nossas autoridades espirituais, já nos
alertavam há muito tempo, que um dia o Juruá iria perceber as
conseqüências que suas atividades vêm trazendo ao meio ambiente. Por
causa disto a natureza vem enviando sinais em forma de secas,
enchentes, furacões e mudanças climáticas.   O mundo Juruá trata da
natureza somente como um bem capital. Nossos antepassados nos ensinaram
que os recursos da natureza devem ser usados com sabedoria. Os Juruás
que poluem os rios e derrubam as matas não estão sendo sábios porque
comprometem o equilíbrio da vida em prejuízo de todos, por isso, somos
contrários a maneira como o Juruá vem tratando da natureza.   Os
Xeramoĩ nos dizem que os animais são seres sagrados porque possuem um
ser divino dentro de si; que o Homem não pode ser dono da água porque a
água pertence a todas as formas de vida; que o Guarani deve respeitar
os animais e os rios, porque servem a Criação e fornecem o alimento de
nossas famílias. Aprendemos que a chuva que cai na Terra, enviada por
Nhanderu, vem para alimentar a vida e limpar as impurezas do mundo. A
água é parte importante de nossas cerimônias religiosas como o Yy
Nhemongarai, o batismo de nominação Guarani.   O Guarani respeita a
Criação, o Juruá ainda não aprendeu a respeitar. O Guarani contempla as
belezas da natureza, o Juruá não aprendeu a apreciar. Nossos Xeramoĩ
sempre têm nos falado que os problemas ambientais atuais não serão
resolvidos pela ciência do Juruá e sim pela consciência da obra de
Nhanderu. Para isto, nossos Xondaro, que são os guardiões da Opy, a
casa de reza, com a sabedoria transmitida por nossos Xeramoĩ, saberão
transmitir ao Juruá a forma Guarani de conviver em harmonia com a
natureza, trabalhando juntos pela preservação da Ka’aguy ovy em
benéfico da vida e de todos os povos.

Entrevista a Ana María Gorosito Kramer

Entrevista a Ana María Gorosito Kramer

domingo, 26 de junho de 2011

Crónicas de la Tierra sin Mal: Mapa Guaraní Retã

Crónicas de la Tierra sin Mal: Mapa Guaraní Retã: "Por primera vez en la historia un mapa transfronterizo da visibilidad cartográfica a las Comunidades Guaraníes, en el lugar exacto donde viv..."

Crónicas de la Tierra sin Mal: AYVU RAPYTA Textos Míticos de los Mbyá-Guaraníes d...

Crónicas de la Tierra sin Mal: AYVU RAPYTA Textos Míticos de los Mbyá-Guaraníes d...: "Cuando en el año 1.946 las hoy amarillentas páginas de la Revista de la Sociedad Científica del Paraguay (VII, 1: 15-47) y, en impresión ..."

Crónicas de la Tierra sin Mal: 19 de Abril - Día del Aborigen Americano

Crónicas de la Tierra sin Mal: 19 de Abril - Día del Aborigen Americano: "En la República Argentina viven más de 20 Pueblos Indígenas, cada uno con su cultura y modo de ver la vida que los hace únicos frente a lo..."

Crónicas de la Tierra sin Mal: Carta del Jefe Indio Seattle

Crónicas de la Tierra sin Mal: Carta del Jefe Indio Seattle: "El siguiente documento es uno de los más preciados por los ecologistas, se trata de la carta que envió en 1855 el jefe indio Seattle de la t..."

'Alberto da Costa e Silva fala sobre relançamento de livro no Programa do Jô'

http://historica.me/video/video/show?id=3692464%3AVideo%3A55564

Red de Educación Superior Indígena de Misiones: Bicicletas de Nhanderu

Red de Educación Superior Indígena de Misiones: Bicicletas de Nhanderu: "El documental 'Bicicletas de Nhanderu', dirigido por Ariel Ortega y Patricia Ferreira de la Comunidad Mbya Guarani Koenju - RS, ha recibido ..."

Crónicas de la Tierra sin Mal: El alfabeto Mbya Guaraní

Crónicas de la Tierra sin Mal: El alfabeto Mbya Guaraní: "La grafía de la lengua mbya guaraní es muy similar a la de la lengua española, por la simple razón que se la ha desarrollado en función a el..."

domingo, 19 de junho de 2011

Índios do Rio Grande do Sul e Greenpeace se destac...

Clica em Cinema: Índios do Rio Grande do Sul e Greenpeace se destac...: "Por Anna Beatriz Lisbôa, enviada especial Bicicletas de Nhanderu é o segundo documentário de Ariel Ortega (Foto: Aline Arruda/divulgação..."

Bicicletas de Nhanderu é o vencedor do 13º Fica

Bicicletas de Nhanderu é o vencedor do 13º Fica

FICA 2011 - Trailer Bicicletas de Nhanderú

http://www.fica.art.br/noticias/imersao-no-cotidiano-e-na-espiritualidade-dos-mbya-guarani-da-aldeia-koenju-ganha-xiii-fica/#comments


http://www.fica.art.br/gallery/premiacao-do-xiii-fica/cerimonia-de-premiacao-xiii-fica-260.jpg


I+D en cultura

terça-feira, 26 de abril de 2011

Encontro Nacional dos Povos Indígenas em defesa da Terra e da Vida



Discussões terão como eixo a luta pela reconquista dos territórios e contra o processo de criminalização de lideranças, assim como o enfrentamento aos empreendimentos que impactam terras indígenas



Entre os dias 29 de abril e 1º de maio, o Centro de Formação Vicente Cañas, em Luziânia (GO), recebe o Encontro Nacional dos Povos Indígenas em Defesa da Terra e da Vida.  O evento tem como lema Vida e Liberdade para os povos indígenas – Povos Indígenas construindo o Bem Viver. Sob a organização do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), o encontro contará com a presença de cerca de 180 lideranças indígenas, de missionários e de parceiros da entidade.

Durante os três dias do encontro, os participantes nortearão suas discussões com base em três grandes eixos: luta pela reconquista e garantia dos territórios; luta contra o processo de criminalização das e lutas e das lideranças; e enfrentamento aos grandes projetos que afetam as comunidades.

Por isso, o encontro tem por objetivo, aprofundar em nível nacional essas questões, bem como buscar soluções conjuntas para o enfrentamento destes desafios e propor uma articulação e unificação das lutas dos povos indígenas pela demarcação de seus territórios tradicionais e contra o crescente processo de criminalização das lutas e lideranças indígenas.



Serviço:

Encontro Nacional dos Povos Indígenas em Defesa da Terra e da Vida

Quando: de 29 de abril à 1º de maio, a partir das 8h

Onde: Centro de Formação Vicente Cañas, Luziânia (GO)

Informações: Cleymenne Cerqueira – (61) 2106-1667/9979-7059




Cleymenne Cerqueira
Cimi - Assessora de Comunicação
Tel: (61) 2106-1667
Email: imprensa@cimi.org.br
Site: www.cimi.org.br

www.twitter.com/CimiNacional
www.twitter.com/PareBeloMonte
www.twitter.com/StopBeloMonte

segunda-feira, 25 de abril de 2011

PALESTRA COM STEPHEN BAINES NA UFG


UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA E CIÊNCIAS SOCIAIS

CONVITE – PALESTRA:

Os impactos de grandes projetos hidrelétricos e de mineração em povos indígenas”

Prof. Dr. Stephen Grant Baines

Stephen Grant Baines é antropólogo e professor da Universidade de Brasília - UnB. Pesquisador 1A do CNPq, publicou 61 artigos em periódicos especializados e 64 trabalhos em anais de eventos. Possui 17 capítulos de livros, 1 livro publicado e 2 livros co-organizados com Prof. Roberto Cardoso de Oliveira, e com Prof. Leandro Mendes Rocha. Atua na área de Etnologia Indígena e realizou pesquisas etnográficas com os Waimiri-Atroari (1982-1985), com os Makuxi e os Wapichana na fronteira Brasil-Guiana (desde 2001) e com os Tremembé no litoral do Ceará desde 2000. É integrante do projeto de pesquisa "Criminalização e Situação Prisional de Índios no Brasil" (ABA/ESMPU) em que coordena a pesquisa sobre "Situação Prisional de Índios em Roraima".

Data: 25 de abril de 2011.
Horário: 19:30horas.
Local: Mini auditório – Sirlene Duarte – UFG/Catalão

sábado, 23 de abril de 2011

EVENTOS CIENTÍFICOS

EVENTOS CIENTÍFICOS

X Congreso Argentino de Antropología Social: "La antropología interpelada: nuevas configuraciones político-culturales en América Latina"
Data:  22 a 25 de novembre de 2011
Local: Faculdade de Filosofia e Letras- Universidad de Buenos Aires
Informações: www.xcaas.org.ar
___________________

35º Encontro Anual da ANPOCS
Data: 24 a 28 de outubro de 2011
Local: Caxambu/MG
Informações: http://www.anpocs.org.br/portal/content/view/966/1/
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III Reunião Equatorial de Antropologia (REA) - XII Encontro dos Antropólogos do Norte e Nordeste (ABANNE)

Data: 14 a 17 de agosto de 2011
Local: Boa Vista/RR
Informações: www.ufrr.br/rea2011 / Edital de Convocação para Propostas / Projeto 
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XI Congresso Luso-Afro-Brasileiro de Ciências Sociais
Data: 07 a 10 de agosto de 2011
Local: Universidade Federal da Bahia
Informações: www.conlab.ufba.br / conlab@ufba.br
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XV Congresso Brasileiro de Sociologia
Data: 26 a 29 de julho de 2011
Local: Curitiba/PR
Informações: www.sbsociologia.com.br  
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63ª Reunião Anual da SBPC
Data: 10 a 15 de julho de 2011
Local: UFG, Goiânia/GO
Informações: http://www.sbpcnet.org.br/goiania/home/ 
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IX Reunião de Antropologia do Mercosul: Culturas, Encuentros y Desigualdades

Data: 10 a 13 de julho de 2011
Local: UFPR – Curitiba/PR
Informações: www.ram2011.org / ram@ram2011.org
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IV Colóquio Internacional de Estudios sobre Varones y Masculinidades

Data: 19 a 21 de mayo de 2011
Local: Montevideo, Uruguay
Informações: http://www.coloquiomasculinidades.org/
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X Semana Cultural de la Diversidad Sexual. Por una niñez y adolescencia libre de todo tipo de violencia!

Data: 2 al 6 de mayo de 2011
Local: Pachuca, Hidalgo, México
Informações:  www.eme.cl ou aqui.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Xondaro

NANA PARA UN NIÑO INDÍGENA - Ismael Serrano (Voz femenina: María Bozzini)

Cimi - Artigo de Maurício Guarani sobre o Dia do Índio

Segue abaixo artigo assinado pela liderança Guarani, do Rio Grande do Sul, Maurício da Silva Gonçalves.
 
No texto, Maurício faz uma reflexão sobre a realidade em que vive o povo Guarani no estado e sua luta pela defesa da vida e posse de suas terras tradicionais.
 

No 19 de abril, dia do índio, uma reflexão sobre a realidade Guarani no Rio Grande do Sul: em luta pela defesa da vida e do território!  
Sou filho de um povo milenar. Muito antes dos europeus chegarem nestas terras o meu povo vivia com alegria e esperança dentro de um amplo território. Nele existia a dignidade. Nele se alimentava os sonhos, a relação com Deus nos cultos e ritos de uma religião que o meu povo tinha naturalmente. Nele se plantava e colhia o alimento. A vida era cultivada na harmonia e na reciprocidade. 
Mas, repentinamente, os nossos antepassados se depararam com o inevitável. A civilização branca invadiu as terras, as vidas, as tradições, a cultura e a religião. Contra nossa gente iniciaram grandes batalhas. A ideologia de outro mundo foi sendo imposta para dominar e destruir o modo de ser, pensar e de se relacionar com a natureza, com a terra e com toda a vida que vigorosamente se fazia presente. Os nossos ancestrais e a natureza eram partes inseparáveis, a natureza cuidava e alimentava a nossa gente e nossos povos a ela protegiam e a tratavam com amor e respeito.
A partir de então o mundo mudou. Sobre meu povo desceu a ruína. A terra foi tomada, as pessoas eram caçadas e tratadas como animais. Foram escravizados, torturados e o modo de ser e de pensar Guarani foi atacado pela intolerância e imposição de outro modelo de civilização e cultura. Fomos proibidos de falar nossa língua. Tudo aquilo que era vida e reciprocidade se tornou pecado. A fé em Nhanderu foi transformada em feitiçaria. As crenças milenares ensinadas e vivenciadas foram atacadas por uma cruz que não era a cruz de nosso povo. O espírito Guarani, a alma Guarani foi rasgada por esta cruz. E os corpos, a vida física, por sua vez, eram cortados pela espada que acompanhava a cruz.
E assim, depois de milhares de anos, foi afetada tragicamente uma história que poderia ser um sinal de esperança para uma humanidade que vive uma profunda crise. A civilização branca vem construindo a sua própria destruição, a sua própria ruína. Esse é o saldo para toda a humanidade.
Apesar de vivermos num vasto continente, só nos sobrou pequenas parcelas de terras na Argentina, Bolívia, Paraguai e Brasil. Somos quase três centenas de milhares de pessoas do Povo Guarani Mbya, Nhendewa, Kaiowá. Cultivamos com sabedoria e paciência a nossa cultura. Não negamos o modo de ser e de pensar de nossos antepassados. Os seus ensinamentos nos acompanham no nosso constante caminhar. Mantemos viva a nossa língua Guarani, cultuamos nossa crença em Nhanderu. Acreditamos nas palavras das pessoas e confiamos nelas, porque é assim que se deve ser na vida.
Nós acreditamos que Nhanderu entregou a terra para ser cuidada e partilhada. Ela é nossa e dos demais seres viventes. Por isso, procuramos, ao longo dos anos, zelar por ela. O homem dito civilizado jamais poderá atribuir aos Guarani a devastação e o desrespeito que a terra enfrenta. Valorizamos a terra como parte de nosso corpo. Se cortarmos uma mão, arrancamos um membro importante do corpo. E assim é com a terra para os Guarani, não admitimos que ela venha a ser maltratada, rasgada, destruída.
Mas ao olharmos para o nosso planeta, em especial para o Brasil, a gente vê a terra sofrendo. Suas matas foram cortadas e no seu lugar construíram cidades, indústrias, grandes plantações. Os rios foram transformados em depósitos de dejetos de fábricas, de lavouras. Os rios estão morrendo porque as suas águas correm poluídas, contaminadas. Do pouco que ainda restou querem represar através de grandes e pequenas barragens. Querem, com isso, gerar mais energia para novas indústrias. E com as novas indústrias teremos ainda mais dejetos, mais poluição e a vida do planeta, a vida no Brasil, vai se acabando.
Durante as nossas reuniões, de lideranças das comunidades Guarani, os nossos Karaí sempre perguntam: “Até onde os Juruá (homem branco) pensam que podem ir? Será que eles não sabem que estão acabando com a terra, com a vida? Será que eles não percebem que a natureza precisa ser bem cuidada?” Eles não entendem como podem desprezar a vida só pela ambição de ter mais dinheiro e mais poder. Para os nossos líderes religiosos a vida é simples. Eles, na sua humildade e sabedoria, têm a certeza de que não é do muito que se tem, não são as riquezas materiais que darão alegria e esperança para os homens e mulheres. Eles afirmam com convicção de que se a terra estiver viva, protegida e valorizada, todos terão exatamente aquilo que necessitam para viver.
E nesta concepção, no modo de pensar a terra e os seus bens, é que habita a grande diferença entre os povos indígenas e a civilização branca. Para os Juruá somente tem sentido viver com dinheiro, muitas posses, muitas riquezas. No entanto, para eles, o custo da riqueza acumulada não entra na conta, ou como muito se fala entre os brancos, não é contabilizada. De tudo o que se extrai da terra há custos e muitos deles são impagáveis com dinheiro e poder. A devastação alucinada da terra compromete o restante da vida dos demais filhos da terra. Estão matando a própria mãe em função da ganância.
Apesar de uma história de sofrimentos somos um povo de resistência. Resistimos à colonização opressora. Resistimos e enfrentamos esta civilização que domina o nosso Brasil. Tornaram-nos minorias onde éramos a maioria. Queriam, naquela época, mudar nossa alma, porque acreditavam, os ditos civilizados, que a nossa alma era pagã, impura, pecadora. Não nos aceitavam como gente. E a isso resistimos. Muitos dos líderes assumiram a defesa do povo, da terra e das nossas tradições. Enfrentaram as espadas, os canhões dos civilizados.
Nós resistimos ao modelo de dominação dos brancos e nos colocamos contra as suas estruturas de poder e de fazer política. Acreditamos na nossa força e na nossa cultura, por isso resistimos aos massacres, à catequização forçada, à escravização de nossos antepassados, às guerras contra nosso povo, que foram impostas porque queríamos viver em paz nas nossas terras. Resistimos e vivemos construindo história, embora esta seja negada por aqueles que fazem livros.
A cultura dos brancos, dos chamamos Juruá, de fato não serve como modelo para o mundo de ninguém. A mãe terra está sendo consumida pela fumaça das usinas, dos carros. Está sendo contaminada com os venenos de fábricas e plantações. Está sendo tratada como mercadoria para ser consumida e depois não restará nada dela. Por tudo isso os Guarani lutam por uma terra sem mal, onde não existirão nem maiores e nem menores, onde todos seremos filhos da mesma terra mãe. 
Hoje em dia, para as nossas famílias viverem, o governo vem destinando alguns metros de terra, que na maioria das vezes são devolutas, nas margens de estradas, sobre barrancos, na beira de sangas poluídas e/ou em pequenas capoeiras próximas de grandes fazendas. Por nos tratarem como restos nos destinam as pequenas sobras de terras que pelos brancos são desprezadas. E não raras vezes dizem que somos preguiçosos, que não queremos trabalhar e que vivemos como bichos. Mas quando decidimos retomar terras que são nossas, se reivindicamos direitos, se exigimos do poder público que nos respeite e demarque nossas terras então somos tratados com arrogância e dizem que somos manipulados por terceiros.
Mas é neste contexto, onde as visões de mundo são diferentes, que nós os Guarani e os demais povos indígenas lutamos por direito e dignidade. Lutamos por respeito à cultura, à terra e ao futuro. Nós ainda acreditamos que é possível reverter esta realidade. E os nossos líderes religiosos sempre dizem que, embora os Juruá insistam em destruir a terra, ela existirá enquanto os Guarani existirem. Destruindo os Guarani, destruirão a última esperança de vida no planeta. Faço essa referência sobre os líderes do meu povo, mas já ouvi outros líderes indígenas, como o Davi Yanomami, falar a mesma coisa, ou seja, se destruírem os filhos da terra, destruirão em definitivo a terra inteira.      
Nosso povo luta e continuará a lutar pela terra. De nosso modo, com paciência, mas com a força sagrada de nossos velhos, nossos Karaí, as Kunhã Karaí, que nos ensinam a viver, nos aconselham a sermos bons com todas as pessoas, a tratar todos com igualdade. E seguiremos, andando, procurando por nossa terra, construindo nosso bem viver e exigindo das autoridades que cumpram com seu dever de demarcar as terras que as leis dos brancos, escritas pelos brancos, determinam que esse nosso direito deve ser assegurado.
Aproveito a oportunidade para apresentar as reivindicações dos Guarani, na expectativa de que elas sejam devidamente atendidas, uma vez que aqui nesta audiência se encontram representantes dos governos estadual e federal:
Que o governo federal, em articulação com o governo do estado do Rio Grande do Sul, busque resolver um dos graves problemas que impede a ocupação e o usufruto de nossas terras, aquelas já demarcadas, que são os pagamentos das indenizações aos ocupantes não indígenas de nossas terras. Esta é uma obrigação da Funai, pois cabe a ela buscar soluções para as questões relativas aos problemas fundiários. Pedimos, mais uma vez, entendimentos entre os governos federal e estadual no que se refere ao pagamento dos não-indígenas pelas terras que no passado foram loteadas e tituladas pelo governo do Estado e que estão sendo demarcadas como terras indígenas. Com isso, se pode acelerar os processos e diminuir os conflitos. Segue relação das terras prioritárias:
Cantagalo
O Cantagalo é uma das aldeias mais antigas no estado. Os estudos já foram concluídos, tudo já foi feito, mas os colonos ainda estão lá. Não aceitamos mais a demora na retirada dos ocupantes brancos. Já se passam anos da decisão da homologação da terra, mas até agora a Funai não pagou as indenizações e nem procedeu a retirada dos brancos da terra indígena. Além da demora na demarcação, as cercas estão abertas, e os animais dos vizinhos entram na terra e comem as plantações da comunidade indígena. A comunidade está muito desanimada com a demora.
Todas as nossas comunidades têm muita preocupação por causa das incertezas quanto ao futuro, principalmente porque não temos terra para plantar e dela extrair o sustento. No nosso modo de pensar e viver é bem diferente dos Juruá. Nós sempre procuramos o bem viver, viver tranqüilo, plantar para o consumo das famílias. Os juruá querem plantar para vender, usam a terra como mercadoria e não pra vida.
Mato Preto
Solicitamos à FUNAI que assegure o direito a terra tradicional, garantindo a continuidade do procedimento demarcatório uma vez que o relatório de identificação da área foi publicado. É necessário agilidade na análise das contestações apresentadas como resultado do direito ao contraditório das partes interessadas. A comunidade aguarda com expectativa a publicação da portaria declaratória da área.
Irapuã
Agora que finalmente saiu a publicação de identificação e delimitação da área, solicitamos rapidez nos demais passos do procedimento demarcatório, principalmente para que se possa estruturar comunidade e construir as casas longe da beira da estrada.
Estrela Velha
O GT é do início de 2008 e ainda não foi concluído. A TI Kaguy Poty é uma das áreas mais tranqüilas para os estudos e conclusão do procedimento de demarcação no estado, pois os não-indígenas têm vontade de sair. Por causa da demora do GT, estão começando a mudar de idéia, e conflitos podem ocorrer. Exigimos que os responsáveis pelos estudos de identificação e delimitação sejam cobrados pela FUNAI para apresentar imediatamente o relatório dos estudos de forma definitiva. 
Capivari, Lomba do Pinheiro, Estiva e Lami
Para estas antigas terras guarani houve o compromisso da Funai de que o Gt seria constituído ainda no governo passado. A Funai não cumpriu com seu compromisso. São situações difíceis, em função de nas áreas viverem muitas famílias, que aguardam com ansiedade pelos encaminhamentos da Funai. Exigimos que o prometido seja cumprido, e essas terras sejam contempladas  e demarcadas com a criação de GT`s. ESSA É A PRIORIDADE PARA 2011.
Itapuã, Ponta da Formiga, Morro do Coco, Arroio do Conde, Petim e Passo Grande
Estas terras estão tiveram os estudos de identificação e delimitação realizados nos anos 2008 e 2009. O relatório foi concluído e entregue para a Funai. Exigimos que o órgão indigenista proceda a análise e publique o referido estudo. Vale ressaltar que as comunidades vivem em pequenas áreas e aguardam pelo efetivo reconhecimento de suas terras.
Coxilha da Cruz
Aguardamos a solução para a completa regularização do Tekoá Porã, desapropriada pelo governo estadual em 2000, mas até hoje aguardando a finalização das indenizações. O governo estadual não cumpriu com o protocolo de intenções para terminar o pagamento. Atualmente a comunidade ocupa apenas a metade da área desapropriada.
Mata São Lourenço e Esquina Ezequiel
A Mata São Lourenço é uma das poucas áreas com matas boas na região das Missões. A FUNAI deve encaminhar um GT, antes que essa mata seja devastada para dar lugar a monocultura da soja. A Esquina Ezequiel, nas margens do Arroio Piratini, deve estar junto com o GT da Mata São Lourenço, pois também é uma área importante para a formação de aldeia na região das Missões.
Acampamento de Santa Maria 
A situação das famílias acampadas no município de Santa Maria necessita de atenção da FUNAI. Estão numa pequena faixa de terra na beira da estrada, e correm riscos quando vão buscar água e comercializar seus produtos. Aguardam por uma solução para melhorar as condições de vida da comunidade. A comunidade reivindica que a Funai proceda aos estudos de uma área para o assentamento das famílias. 
Águas Brancas
Exige-se que a Funai conclua o procedimento de demarcação da TI Águas Brancas, pois a portaria declaratória desta área foi publicada há mais de uma década. 
Diante de nossas reivindicações, que são legítimas, cabe ao governo respeitar a Constituição Federal demarcando as nossas terras tradicionais. Exigimos também que cumpra com as normas e convenções internacionais, especialmente a Convenção 169 da OIT, sobre questões que nos afetam, como tem sido os empreendimentos de duplicações de estradas e barragens que cortam e inundam as nossas terras.
Reivindicamos também que as políticas de assistência sejam efetivamente executadas, tendo em conta as nossas necessidades, direitos e as diferenças.
Quero, por fim agradecer a Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, que ao longo dos últimos anos, vem prestando importante contribuição no debate e na divulgação sobre a questão indígena e em especial agradeço pela postura que assumem em defesa dos direitos humanos, em defesa de nossos direitos.
Desejamos contar com os movimentos sociais, populares, entidades e outros tantos segmentos que se interessam pela questão indígena, não para que tenham um olhar de caridade ou piedade, em apoio à nossa luta, mas que estejam conosco pela causa indígena, que hoje é também uma causa da humanidade. Uma humanidade em crise e que precisa urgentemente de todos aqueles que desejam construir outro mundo, diferente deste que está em decadência. Um mundo do Bem Viver.

Porto Alegre, RS, 19 de abril de 2011.
Maurício da Silva Gonçalves Guarani
Coordenador do CAPG - Conselho de Articulação do Povo Guarani no RS

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Documento Final: Encontro de Lideranças Guarani e do Conselho de Articulação do Povo Guarani no Rio Grande do Sul

As lideranças de 23 aldeias Guarani do Rio Grande do Sul se reuniram juntamente com o Conselho de Articulação do Povo Guarani – CAPG/RS, nos dias 4 a 7 de fevereiro de 2011, no município de São Gabriel. Nesta data nós lembramos o massacre de milhares de nossos parentes e da morte Sepé Tiaraju praticados por soldados espanhóis e portugueses, no ano de 1756. Lá nossos Karaí e Kunhã karaí (líderes religiosos) rezaram a Ñhanderu pelos parentes que morreram lutando por nossa terra.
No encontro discutimos várias questões que preocupam nossas comunidades, como a demarcação de nossas terras, as mudanças na gestão do atendimento à saúde indígena, a reestruturação da FUNAI, os impactos de grandes empreendimentos sobre nossas terras e comunidades a exemplo das duplicações das BRs 116 e 290, a educação diferenciada em nossas aldeias, e as políticas de apoio à agricultura e sustentabilidade às nossas famílias.
Em todas estas questões, após avaliarmos a situação de nossas aldeias, sentimos que ainda falta muito para garantir nossos direitos definidos pela Constituição Federal, pelos tratados internacionais e leis direcionadas aos povos indígenas. O principal atraso continua sendo a demarcação de nossas terras. Vivenciamos desde processos já concluídos no papel, mas que as aldeias continuam com problemas porque a Funai não retira os ocupantes das nossas terras, até realidades em que as famílias estão em situações muito precárias, obrigadas a morar em barracos de lonas, acampadas em beira de estradas. E, além disso, sempre somos ameaçados de despejo por empreendimentos de desenvolvimento da economia não indígena. Isso tudo porque o governo não demarca as nossas terras.
E isso tudo acontece para nosso povo que antes tinha um grande território, mas que foi transformado em cidades e nos estados das regiões sul, sudeste e centro oeste do Brasil, e nos países da Argentina, Paraguai, Bolívia e Uruguai. Dividiram o território e dele nos expulsaram. Hoje estamos apertados pelas cidades e fazendas em todos os lugares. Essa situação nos causa muita tristeza.
Estamos cansados de viver na beira das estradas. Estamos cansados de ver nossas crianças, nossas mulheres, nossos velhos arriscarem a vida para buscar água, para lavar roupa, para vender o artesanato nos acostamentos das rodovias. Estamos cansados de viver sem a nossa terra. Exigimos respeito. Dissemos isso aos representantes da Funai, da Funasa e da Secretaria da Atenção Especial à Saúde.
Em resumo, necessitamos e exigimos rapidez no reconhecimento e demarcação de nossas terras e no atendimento de políticas diferenciadas em saúde, educação. Exigimos também que as propostas que pretendem elaborar, sobre as políticas para o nosso povo, sejam, antes de tudo, discutidas com nossas comunidades e lideranças. Não vamos mais aceitar e esperar calados, porque é nosso direito participar das decisões que nos dizem respeito.
Apesar de tudo isso, temos esperanças que os não indígenas reconheçam a gravidade de nossos problemas e os poderes públicos cumpram com suas responsabilidades. Nossos Karaí e as nossas Kunhã Karaí nos alertam e nos orientam para que a gente se articule cada vez mais e cobre das autoridades que as leis, que os brancos criaram, sejam respeitadas e cumpridas.
São Gabriel, 7 de fevereiro de 2011.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Mostra etnográfica "Tape Porã, impressões e movimento - os Mbyá no Rio d...

Multiponto - Povos Indígenas [2/8]

Túmulo de Colombo - Catedral de Sevilha.

Fevereiro de 2008 -Projeto Missões.

Em Caravaca de La Cruz -Espanha.

Fevereiro 2008.

Arquivo Geral das Índias - Sevilha, Espanha (fev/2008)


Torre del Oro -Sevilha-Espanha (fev.2008)


Palma de Mallorca - Espanha - fevereiro 2008


Lisboa - Portugal - 2008

Prefeito de São Miguel das Missões - Waldir Frizzo, Lisiane Sackis - RBS TV, Geovani Gisler -FUNMISSÕES e César Silva -cinegrafista- Lisboa.

Rio Tejo - Lisboa/Portugal


Viagem a Portugal - fevereiro 2008

A Torre de Belém é um dos monumentos mais expressivos da cidade de Lisboa. Localiza-se na margem direita do rio Tejo, onde existiu outrora a praia de Belém.
O monumento reflete influências islâmicas e orientais, que caracterizam o estilo manuelino e marca o fim da tradição medieval das torres de menagem, ensaiando um dos primeiros baluartes para artilharia no país .

YAÕKWA, um patrimônio ameaçado

Ritual do Yaõkwá, tombado pelo IPHAN




O Ritual Yaokwa é a mais longa e importante celebração realizada por esse povo indígena, atualmente uma população em torno de 540 indivíduos que vivem em uma única aldeia, na terra Enawene Nawe uma área de 742 mil hectares, homologada e registrada, localizada numa região de transição entre o cerrado e a floresta Amazônica, no estado do Mato Grosso.

Multiponto - Povos Indígenas [4/8]

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

X Congreso Argentino de Antropología Social


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Image"La antropología interpelada: nuevas configuraciones político-culturales en América Latina".

22 al 25 de Noviembre de 2011
Facultad de Filosofía y Letras- Universidad de Buenos Aires
Púan 480-  Ciudad Autónoma de Buenos Aires

Primera Circular

Estimados colegas: entre los días 22 y 25 de noviembre de 2011, se llevará a cabo el X Congreso Argentino de Antropología Social. Este evento, está organizado por el Instituto de Ciencias Antropológicas, el Departamento de Ciencias Antropológicas, la Maestría en Antropología Social, el Doctorado y Pos-doctorado de la Facultad de Filosofía y Letras de la Universidad de Buenos Aires, conjuntamente con el Colegio de Graduados en Antropología de la República Argentina.

Los  procesos transformadores a los que está asistiendo nuestra región, colocan a nuestra disciplina ante un compromiso y también frente a una oportunidad. Se trata de un tiempo histórico donde las mayorías postergadas y marginalizadas durante décadas, en particular en los años 90’ - tiempo de la hegemonía neoliberal-  han asumido a través de procesos democráticos mayor protagonismo en la conducción de sus Estados. Estos cambios complejos y contradictorios asumen diversas particularidades en cada uno de los países, dando lugar a nuevas configuraciones político-culturales.

Es por eso que convocamos a colegas y cientistas sociales a debatir y aportar perspectivas, que ayuden a profundizar y enriquecer la  producción de conocimiento, respecto de las transformaciones sociales y políticas en curso en América Latina, y sus efectos en el nivel local y en los países de la región.


Modalidad de Funcionamiento

El X CAAS propone la realización de Conferencias, Mesas Redondas, Foros y Grupos de Trabajo.

Las Conferencias y los Foros serán organizadas por el Comité Académico. Los participantes de estos eventos y los  temas  a ser debatidos se darán a conocer oportunamente.

Convocatoria Abierta para  Mesas Redondas y Grupos de Trabajo

Presentación de propuestas de Mesas Redondas y Grupos de Trabajo Hasta el 28/02/2011
Comunicación y difusión de los Grupos de Trabajo aceptados  21/03/2011
Comunicación y difusión de las Mesas Redondas aceptados 15/04/2010
Presentación de resúmenes de  Grupos de Trabajo Hasta 22/04/2011
Comunicación resúmenes de Grupos de Trabajo aceptados 06/05/2011
Presentación de trabajos completos de Grupos de Trabajo y Mesas Redondas Hasta el 05/08/2011

Mesas Redondas:

Deberán contar con un coordinador y hasta cuatro expositores pertenecientes a instituciones diferentes. En todos los casos deberán ser investigadores formados con meritos académicos reconocidos.

Requisitos para la presentación de la propuesta:

Titulo de la Mesa Redonda, lineamientos de la propuesta, nombre y pertenencia Institucional del Coordinador  e Invitados. CV  abreviado de cada uno. Títulos de las exposiciones.

Se aceptarán hasta nueve propuestas de Mesa Redonda. Enviar por correo electrónico a: xcaas.mesa.redonda@gmail.comEsta dirección de correo electrónico está protegida contra los robots de spam, necesita tener Javascript activado para poder verla

Grupos de Trabajo:

Contarán con hasta cuatro coordinadores que pueden pertenecer a diferentes instituciones.  Para promover la discusión de los trabajos, los coordinadores podrán invitar comentaristas. Las propuestas serán evaluadas por el Comité Académico que, previa consulta a los coordinadores, podrá recomendar agrupamientos por afinidad temática.

Requisitos para la presentación de la propuesta:

Título del Grupo de Trabajo, justificación del tema (700 palabras). Apellido y nombre, institución de pertenencia, dirección (postal y electrónica) y teléfonos de los Coordinadores propuestos.  Enviar por correo electrónico a: xcaas.grupodetrabajo@gmail.comEsta dirección de correo electrónico está protegida contra los robots de spam, necesita tener Javascript activado para poder verla

Todas las presentaciones serán evaluadas por el Comité Académico el que comunicará la aceptación de las propuestas

Buenos Aires, 23 de noviembre de 2010
Comité Organizador 
 
Fonte:http://ppas.com.ar
 

IX Reunión de Antropología del Mercosur "Culturas, Encuentros y Desigualdades" 10 a 13 de julio de 2011, UFPR, Curitiba, Paraná, Brasil





Image
Primera circular: Entre los días 10 y 13 julio de 2011 se celebrará en Curitiba (Paraná), Brasil, en el campus de la UFPR, la IX Reunión de Antropología del Mercosur, con el tema Culturas, Encuentros y Desigualdades.
La IX RAM será organizada por el Programa de Posgrado en Antropología y por el Departamento de Antropología de la Universidad Federal de Paraná (UFPR), que invitan a la comunidad académica a presentar sus propuestas de trabajo, como se dispone a continuación.

Resumen del cronograma para la presentación de propuestas de Grupos de Trabajo y Mesas Redondas

Etapa
Período
Inscripción de propuestas para la realización de Grupos de Trabajo
Hasta 17/12/2010
Inscripción de propuestas para la realización de Mesas Redondas
Hasta 21/01/2011
Inscripción on-line de propuestas de trabajo en los GTs programados
26/01 a 3/3/2011
Divulgación de la programación general de los GTs y Mesas Redondas
Hasta 1/4/2001
Plazo final para el envío de los trabajos completos aceptados
9/6/2011

1) Normas para la presentación de propuestas de Grupos de Trabajo (GTs)

Los GTs deberán contar con dos o tres coordinadores, provenientes de al menos dos países e instituciones diferentes. Al menos dos coordinadores deben poseer el título de doctor. Los GTs funcionarán en tres (3) sesiones, con el máximo de seis (6) presentaciones orales por sesión, no sobrepasando el total de 18 trabajos por grupo. En cada GT podrán ser seleccionados hasta seis trabajos para que puedan ser presentados en formato póster (cartel), totalizando un máximo de dos pósteres por sesión. Los coordinadores podrán invitar comentaristas para incentivar el debate dentro de los grupos. Las propuestas serán evaluadas por el comité académico, que podrá recomendar agrupamientos por afinidad temática, previa consulta a los coordinadores.

Las propuestas de Grupos de Trabajo deben dirigirse vía documento anexadoal siguiente correo electrónico:  ram@sinteseeventos.com.brEsta dirección de correo electrónico está protegida contra los robots de spam, necesita tener Javascript activado para poder verla

Download del documento anexado

Los grupos se reunirán por las tardes, los días 11, 12 y 13 de julio de 2011.

2) Normas para la presentación de propuestas de Mesas Redondas (MRs)

Pueden proponer Mesa Redonda: investigadores y profesores doctores.

Las mesas redondas serán formadas por hasta cuatro participantes, siendo uno de ellos el(la) coordinador(a) – que debe tener el título de doctor(a). Los integrantes deben pertenecer a instituciones diferentes, provenientes de, por lo menos, dos países. El coordinador será el responsable de enviar la propuesta, que deberá incluir las siguientes informaciones.

1. Título de la Mesa Redonda (MR)
2. Descripción del tema de la mesa (hasta 900 caracteres, incluyendo espacios)
3. Palabras clave
4. Nombre, afiliación institucional, e-mail y teléfono de todos los participantes.

Las mesas serán realizadas prioritariamente por la mañana, entre los días 11, 12 y 13 de julio de 2011.


OBSERVACIONES GENERALES

a) FINANCIAMIENTO:

Todos los participantes deben buscar fuentes alternativas, o recursos propios, que posibiliten el viaje a Curitiba. La organización del evento hará todas las gestiones posibles para apoyar la participación de hasta un coordinador(a) por GT y hasta dos participantes de mesas redondas.

b) “PAPERS”

Todos los participantes con trabajo aceptado deberán enviar la versión completa del mismo a la organización de la Reunión, hasta el día 09/06/2011, para que el texto pueda ser incluido en los anales del evento.

En breve estará disponible el website de la IX RAM, donde serán divulgadas más informaciones.

Curitiba, 20 de octubre de 2010
Comité Ejecutivo
Universidade Federal do Paraná
Departamento de Antropologia
Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social
Fonte: http://ppas.com.ar

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Santo Ângelo busca intercâmbio cultural com Concepción de La Sierra (11/10/2007 - 14:16)




      No mês e setembro, a historiadora Bedati Aparecida Finokiet, esteve representando o Prefeito Eduardo Loureiro, em visita realizada ao município de Concepción de La Sierra (Argentina). O contato oficial ocorreu, após a historiadora ter feito uma primeira visita (no início de agosto), quando ficou conhecendo os remanescentes arqueológicos e arquitetônicos da antiga redução de Concepción de La Sierra, fundada pelo padre Roque Gonzalez em 8 de dezembro de 1619. Foi desta redução que, em 1706, partiram famílias indígenas, sob a provável orientação do padre jesuíta Diogo Haze, vindo a fundar o Sétimo Povo Missioneiro, Santo Ângelo Custódio.
      Nesse sentido, a História e a Identidade de ambas as localidades estão ligadas por um passado e uma herança comum, sendo de extrema importância que tais laços sejam estreitados, na busca de ações conjuntas e complementares que venham a convergir para a recuperação, conservação e valorização do precioso Patrimônio Cultural, tangível e intangível, que na atualidade, Santo Ângelo e Concepción possuem.
      Na oportunidade, Bedati Finokiet foi recebida pelo intendente Nicolás Osudar, juntamente com os secretários de Cultura Héctor Keller, de Administração Rubén Ferreira Márquez, Tesoureira Rita Ramírez e secretária Administrativa Pamela Cáceres, quando foram tratados assuntos relativos à História e Cultura de ambos os municípios. Como forma de marcar este momento, a municipalidade de Concepcion, através de seu intendente, recebeu um dos símbolos e referência turística de Santo Ângelo, uma pequena réplica em bronze da Catedral Angelopolitana e o livro, recém lançado na Academia Brasileira de Letras:” 300 Anos da Redução Jesuítica de Santo Ângelo Custódio”. Para retribuir a gentileza, o intendente Nicolás Osudar encaminhou para ser entregue ao prefeito Eduardo Loureiro, um quadro com uma montagem onde aparecem a gravura da antiga igreja da redução de Concepción de La Sierra e a foto da escultura em pedra de Nossa Senhora Concepción e de alguns remanescentes arquitetônicos que se encontram expostos ao lado da praça central da localidade.
      Para finalizar a visita, a historiadora realizou uma passeio guiado pelo sítio histórico de Concepción, recebendo as explicações do dedicado pesquisador  local, senhor Pablo Babi. A intenção é aprofundar esses primeiros contatos, através de futuras visitas de representantes de Concepcion a Santo Ângelo e, vice-versa.
      Na foto, Bedati Finokiet passando às mãos do Prefeito Eduardo Loureiro o quadro presenteado pela municipalidad de Concepción de La Sierra.
Prefeitura Municipal de Santo Ângelo

Assessoria de Imprensa

Jornalista Cristiano Devicari

(55) 3312-0122 e 9602-4553

Livro dos 300 anos de Santo Ângelo Custódio é lançado na Academia Brasileira de Letras (03/09/2007 - 09:07)



Obra ganhou destaque no espaço mais importante da literatura brasileira
     As comemorações do tricentenário de história da cidade, promovidas pela prefeitura de Santo Ângelo desde o ano passado, tiveram um momento marcante na última sexta-feira, 31, com o lançamento do livro “300 anos da Redução Jesuítica Santo Ângelo Custódio”. A obra, que reúne um trabalho conjunto de dez pesquisadores da temática missioneira, foi lançada na livraria da Academia Brasileira de Letras (ABL), no Rio de Janeiro. 
     Prestigiaram a solenidade uma comitiva de santo-angelenses, entre eles o prefeito Eduardo Loureiro; o presidente da Câmara de Vereadores, Edson Martins; o secretário municipal de Turismo, Geovani Gisler, e da Fazenda, Bruno Hesse; a presidente do Conselho Municipal de Turismo, Sonia Maria Figueiró; e alguns escritores da obra: Mário Simon, Oscar Padron Frave, Gladis Maria Pippi, Cláudio Carle e Júlio Quevedo dos Santos. Também são autores da coletânea os historiadores José Otávio Catafesto de Souza, Liane Nagel, Tau Golin, Bedati Finokiet e Nelci Müller.
     O material levou cerca de dois anos para ser concluído e reúne aspectos da história e do patrimônio cultural de Santo Ângelo, desde os tempos da redução. Segundo Gladis Pippi, uma das organizadoras da obra, o objetivo da coletânea é possibilitar uma visão ampla ao leitor, através de abordagens sobre arqueologia, literatura, demografia e antropologia. “É um marco significativo para o conhecimento das Missões, especialmente da riqueza cultural do nosso município”, disse. Para marcar as comemorações, o músico Patrício Maicá prestou uma homenagem aos presentes, interpretando as canções “Canto dos Livres” e “300 anos”.
     O lançamento na Academia Brasileira de Letras foi possível através de contatos entre o prefeito Eduardo Loureiro e o presidente da ABL, Marcos Vinícios Vilaça. Para o Chefe do Executivo, é um reconhecimento da importância da história missioneira para a formação do povo gaúcho. “Estar lançando esta obra no espaço mais importante da literatura e da cultura brasileira é motivo de orgulho não só para os santo-angelenses, mas para todo o povo gaúcho”, enfatizou.  
     Já o presidente Marcos Vilaça, acredita que evidenciar não apenas a literatura, mas todas as manifestações humanas, é um dever da Academia Brasileira de Letras. “A história das Missões transcende os limites geográficos para se tornar um assunto de interesse nacional“, frisou. Vilaça foi o responsável pela inclusão das ruínas de São Miguel das Missões como Patrimônio da Humanidade, através de proposta encaminhada à Unesco quando ocupava o cargo de secretário de Cultura, do Ministério da Educação e Cultura.
     Acompanharam o ato as seguintes autoridades: João Augusto Ribeiro Nardes, Ministro do Tribunal de Contas da União (TCU); Sebastião Rodrigues, subsecretário de Transportes do Rio de Janeiro; Franscisco Carlos Ribeiro de Almeida, secretário do TCU do Rio de Janeiro; Júlio Lopes, secretário de Transportes do Rio de Janeiro; Pedro José Wähmann, presidente do Sindicato de Habitação do RJ; e Luiz Carlos Velloso, chefe de Gabinete da secretaria de Transportes do RJ.
Jornal da Globo
     Uma equipe da Rede Globo realizou a cobertura da solenidade e veiculou uma reportagem no Jornal da Globo da última sexta-feira. “A cidade Santo Ângelo, no noroeste gaúcho, guarda importantes patrimônios da colonização portuguesa e espanhola da América do Sul – um passado que ficou nas construções, hoje atração turística. O livro, feito por dez pesquisadores da região, recupera essa história, fortalecendo a memória e a identidade dos povos das Missões”, diz trecho da matéria.
     Também acompanharam o lançamento do livro a TV Educativa do Rio de Janeiro, as emissoras locais rádios Sepé Tiaraju e Santo Ângelo; rádios São Luiz e Missioneira, de São Luiz Gonzaga; e rádio Giruá.
     Já a RBS TV Santa Rosa partiu da Capital das Missões juntamente com a comitiva santo-angelense e também produziu reportagens para a região e para o Jornal do Almoço estadual.
Distribuição
     A publicação do livro alusivo aos 300 anos de Santo Ângelo Custódio é uma realização da Prefeitura de Santo Ângelo com o apoio da Universidade Regional Integrada. Os exemplares da obra estarão sendo disponibilizados em breve nas principais instituições de ensino do Estado, entidades, veículos de imprensa, pontos turísticos do município e órgãos públicos. 
 Prefeitura Municipal de Santo Ângelo
Assessoria de Imprensa
Jornalista Marieli Rangel
3312-0122 e 8408-3334